Segurança na América do Sul: Paraguai se Consolida entre as Nações Mais Seguras da Região
O Novo Mapa da Tranquilidade: Onde o Paraguai se Destaca
Em uma América do Sul frequentemente associada a desafios sociais e instabilidade, a busca por segurança é uma preocupação constante para cidadãos e um termômetro crucial para investidores. Um recente e abrangente estudo, o Índice Global da Paz (GPI, na sigla em inglês), oferece uma nova perspectiva sobre essa questão, e os resultados são reveladores. Liderado por nações como Argentina, Uruguai e Chile, um seleto grupo de países se destaca como refúgios de estabilidade. E, consolidando sua posição nesse pelotão de elite, está o Paraguai, reafirmando sua imagem como uma das nações mais seguras para se viver e investir em todo o continente. Esta não é uma percepção subjetiva, mas um dado fundamentado que reflete políticas de estado e uma realidade social em transformação.
O Veredito do Índice Global da Paz: A Posição de Destaque do Paraguai
O Índice Global da Paz, elaborado anualmente pelo prestigiado Institute for Economics and Peace (IEP), é a mais completa análise sobre a paz e a segurança no mundo. Ele não mede apenas a ausência de guerra, mas avalia 23 indicadores qualitativos e quantitativos, agrupados em três grandes domínios: o nível de segurança social, a dimensão dos conflitos domésticos e internacionais, e o grau de militarização de um país.
Neste rigoroso ranking, a América do Sul figura como a quarta região mais pacífica do mundo, e dentro dela, a hierarquia é clara. O Uruguai lidera como o país mais seguro da região (ocupando a 50ª posição global), seguido de perto pela Argentina (54ª) e pelo Chile (66ª). Logo em seguida, em uma posição de grande destaque, surge o Paraguai, classificado como o quarto país mais seguro da América do Sul e o 67º no ranking mundial.
Essa classificação coloca o Paraguai à frente de nações como Bolívia, Equador e, notadamente, de gigantes regionais como Brasil, Colômbia e Venezuela, que aparecem nas posições mais baixas do índice, enfrentando desafios de segurança muito mais complexos. A proximidade do Paraguai com a pontuação do Chile sinaliza que o país não apenas integra o grupo dos mais seguros, mas compete diretamente com as nações mais desenvolvidas da região nesse quesito.
A Anatomia da Segurança: O Que Torna o Paraguai um Porto Seguro?
A excelente colocação do Paraguai no GPI não é um acidente, mas sim o resultado de uma combinação de fatores estruturais e de decisões políticas que, ao longo do tempo, construíram um ambiente de maior estabilidade.
1. Estabilidade Política e Coerência Governamental
A segurança pública está intrinsecamente ligada à estabilidade política. Governos estáveis, com políticas de longo prazo e instituições que funcionam, são capazes de implementar estratégias de segurança mais eficazes. A atual administração, sob o presidente Santiago Peña, tem buscado projetar uma imagem de previsibilidade e de um ambiente favorável aos negócios, o que, por sua vez, depende de um clima de ordem e segurança. Uma política consistente de combate ao crime organizado e de fortalecimento das forças de segurança, ainda que com desafios, contribui para a percepção e a realidade de um país mais seguro.
2. Baixos Níveis de Conflito e Coesão Social
Um dos pilares do Índice Global da Paz é a ausência de conflitos internos e externos. O Paraguai, historicamente, é uma nação que não se envolve em disputas internacionais e que tem conseguido manter um nível relativamente baixo de conflitos sociais violentos em larga escala, quando comparado a outros países da região que enfrentam guerrilhas, terrorismo ou protestos de alta intensidade. Essa paz social relativa é um ativo valioso, criando um ambiente onde os cidadãos podem viver e trabalhar com um grau maior de tranquilidade.
O Impacto Estratégico da Segurança: Mais que um Título, um Ativo Nacional
Ser classificado como um dos países mais seguros da América do Sul tem implicações profundas e positivas para o Paraguai, que vão muito além do bem-estar de sua população.
Primeiramente, a segurança é um dos principais fatores na atração de investimentos estrangeiros. Empresas e investidores buscam mercados onde seus ativos e pessoal estejam seguros. O selo de “país seguro” do GPI funciona como um poderoso argumento de venda, reforçando a imagem do Paraguai como um destino confiável para o capital internacional, o que impulsiona o crescimento econômico e a geração de empregos.
Em segundo lugar, a qualidade de vida, fortemente influenciada pela segurança, torna o Paraguai um local cada vez mais atraente para expatriados, aposentados e talentos qualificados. Esse influxo de capital humano enriquece a sociedade e dinamiza a economia, criando um ciclo virtuoso.
Por fim, uma imagem positiva no quesito segurança fortalece a posição do Paraguai na arena diplomática. Um país estável e seguro é visto como um parceiro mais confiável em acordos bilaterais e em blocos regionais como o Mercosul. Para o governo de Santiago Peña, a segurança não é apenas uma política doméstica, mas uma ferramenta estratégica de política externa, que projeta a imagem de um Paraguai moderno, confiável e pronto para assumir um papel de maior destaque no cenário internacional.